terça-feira, 3 de abril de 2012

MODERNO OU CONTEMPORÂNEO

Olá blogueiros, senti vontade de falar sobre estes dois estilos: moderno e contemporâneo.
Vejo muitas pessoas e publicações usando estas expressões sem nem ao menos saber o que significam. Estão sendo banalizadas por falta de conhecimento do significado que e realmente muito rico.
Quando querem expressar o estado de ser vanguardista ou a frente de seu tempo se dizem modernos, na verdade estão falando de um estilo anterior, logo, passado.
Contemporâneo então, nem se fala, acredito que se junte aos termos: sinergia, vibe, entre tantos outros que viraram moda e poucos conhecem seu significado.
Então, vou postar aqui o que penso de cada um com base em algum conhecimento que tenho.
Vamos ao moderno...
Estilo que teve início em 1908.
Gosto muito de citar Mondrian. Pintor holandês (7/3/1872-1/2/1944). Nascido em Amersfoort, Pieter Cornelis Mondrian muda-se para Amsterdã em 1892 e estuda pintura na Academia de Belas-Artes.

        

Os modernos vieram negar todo movimento acadêmico. Trouxeram o cubismo, suprematismo, futurismo...
Traduzindo, basicamente, acabaram com a ilusão que se tem quando olhamos um quadro acadêmico com uma perspectiva perfeita que faz se sentir dentro do quadro e a moldura que nos faz esquecer que e um plano.
Os modernistas falaram de plano, cor, forma, superfície, pureza.
Na arquitetura vemos as casas projetadas a partir de linhas retas. No mobiliário, um grande estudo para que cada móvel tivesse o mínimo de formas. Nos interiores os grandes cubos brancos apenas com objetos necessários.
Herdamos as cozinhas e paredes... brancas.
Seguiam as ideias: Menos e mais; A forma segue a função. As formas decorativas não fazem sentido... Buscavam a pureza.

A meu ver, essa negação resultou numa limpeza dos excessos do neoclássico, rococó, barroco...
Em 1960...
O mundo em ebulição.
Um movimento contracultura com os hippies, o homem pisou na Lua, o rock...
Entramos no mundo contemporâneo e nele estamos.
O início da busca de uma nova estética, um novo formato. Momento de olhar o nosso mundo e nos perceber nele.
Ideias de ordem: apropriação, mistura, novo significado, experiência, sensorial, irônico, ousado... SENTIR.
A forma segue a diversão; O menos e chato; Você faz a sua moda, você cria o seu estilo.
Revisitamos as formas e os estilos históricos e atualizamos para o mundo contemporâneo acrescentando novos sentidos e significados.
O arquiteto italiano Gaetano Pesce, começou a fazer design nos anos 50, vivenciou ativamente esse momento de transição e disse: "O design deve sempre conter uma surpresa, pois ele não trata apenas de função, mas também de expressão artística, filosófica e política."

                           
Popart, op art, minimalismo, arte conceitual, hiperealismo, entre tantos outros fazem parte deste universo.
Não se deve mais buscar o belo, no contemporâneo busca-se o sentir, ousar, divertir, misturar e ver no que dá.
Na arquitetura tiro o chapéu para Zaha Hadid, nascida em Bagdá em 1950 identificada com a corrente desconstrutivista. Sua arquitetura não linear, orgânica, cheia de movimento, energia e sensualidade, se contrapõe ao esperado de uma mulher iraquiana onde muitas estão lutando pelo direito de não usarem burca.





















Li um pensamento que fecha a ideia contemporânea: "Se o homem fosse realmente livre (interna e externamente), talvez as sociedades fossem bem melhores".

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